Voar

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Postado por:Maria Raquel

Descobri como voar.
Não do tipo com avião, balão ou asa delta.
Voar apenas você e o céu.

Em um livro por aí dizem que para voar é necessário errar o chão.
Estar caindo e se esquecer que está caindo. E é assim que se voa.

Não é verdade.

Para voar não é necessário cair, mas sim estar leve.
Já voei muitas vezes, confie em mim.

Algumas pessoas ficam irritadas porque nunca conseguiram voar.
Essas nunca conseguirão.
É preciso não pensar em voar quando se quer voar.
Ou quando se está em pleno ar. Se se toma conhecimento do que está fazendo ou que conseguiu o que queria (voar), então se perde altitude e volta ao chão.

É uma sensação maravilhosa, a de voar.
É como se nenhuma de suas preocupações importassem. Como se tudo ficasse leve, livre.
O ar dos pulmões fica mais puro e o coração bate mais devagar.

Voar pode ocorrer de várias maneiras, mas sempre quando se está fazendo alguma outra atividade:
Apostando uma corrida por diversão com os amigos, subindo no topo mais alto de uma árvore, olhando o céu da varanda de um andar final de um prédio.
É nesses momentos que se inicia o voo.

Nesses e em outros.
Cada um tem seu momento particular para voar.
Às vezes pode acontecer juntamente com outra pessoa.
(Embora na maioria das vezes se voe sozinho.)

Mas cada um sabe quando voou.
Não antes, nem durante, mas logo após voar, se toma conhecimento do que acaba de acontecer.
Você vai saber quando voar. Você vai saber.

The One That Never Was

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Postado por:Maria Raquel


É um tanto irritante o quanto a vida tem o poder de te passar para trás.
Ou te empurrar pra frente, dependendo do ponto de vista.
Você se dá conta e já se passaram meses, anos.

Quando nos despedimos pela última vez, usamos um "Até".
Me lembro bem.
Até a próxima vez que nos virmos?
(Nunca aconteceu.)
Até a próxima vida?

(Tenho certeza que vamos nos encontrar na próxima vida.
Não pode ser que nossa interação seja apenas o que foi.
Sinto mesmo que nossa almas estão conectadas.
E mesmo assim, aquela sensação de perda sempre fica...)

-Não acredito em vidas passadas. Muito menos em almas gêmeas-

Tenho pensado bastante em como nunca tivemos uma chance de ser.
Nem você, nem eu.
(Nem nós? Talvez nós seja querer demais? Forçar muito a barra?)

Ele não me faz chorar. Mas também não me faz rir.
Você me fazia rir.
Você realmente me fazia rir.
(Sinto muita falta de rir)

 

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