Nos comportamos diferentemente com diferentes pessoas. Não há como contestar isso.
Somos um com amigos de infância. Outro com o pessoal do trabalho. Outro com os amigos da faculdade e outro ainda com amigos que fazemos pela vida.
E um totalmente diferente com a família.
Talvez o mais verdadeiro com a família.
É como se, quanto mais conhece alguém, mais essa pessoa tem o privilégio (ou não) de conhecer-nos mais profundamente.
De saber realmente quem somos em nossa versão mais interior.
É como se usassemos várias máscaras com o formato de nosso próprio rosto. E vamos tirando-as conforme convivemos.
Não é como se quiséssemos passar aos outros o que não somos. Pois somos nós mesmos, mas em níveis diferentes. Níveis superficiais, médios ou profundos.
Não estamos fingindo. Talvez apenas ocultando algo. Que se pudermos, iremos mostrar conforme nos relacionarmos mais.
Isso não é algo ruim.
Apenas mostra como seres humanos são algo complexo. Maravilhosamente complexo.
Ser você mesmo, não importa em que nível.
Não olhar para alguém apenas pelo nível superficial que conhecemos.
Talvez seja muito mais difícil do que aceitar que nós mesmos temos camadas. E que não somos iguais com todo mundo.
Ninguém é apenas aquilo que aparenta.
Somos sempre muito, muito mais.
E isso é quase impossível de se ver.